Nota da ANEL Campinas sobre a punição dos estudantes que lutam por permanência estudantil na Unicamp!

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O início de 2011 foi marcado pela truculência do reitor da Unicamp, Fernando Costa, por meio do administrador da moradia, Viotto, que vem sistematicamente perseguindo estudantes dentro da moradia estudantil, chegando a tentar expulsar estudantes: mulheres com filhos maiores de 7 anos, estudantes estrangeiros vindos da África e estudantes que não estão no perfil selecionado pelo SAE. Esta política da reitoria nada mais é do que uma maneira de tentar mascarar a evidente superlotação da moradia que não comporta todos os estudantes que precisam de um lugar para morar. Desde a década de 80, período que a moradia foi feita, a Unicamp mais que dobrou em número de estudantese a moradia não aumentou suas vagas, ela está superlotada.

No começo daquele ano os estudantes se mobilizaram na luta pela ampliação da moradia para que ela possa receber os estudantes que não tem condições de pagar os aluguéis altíssimos fruto da especulação imobiliária de Barão Geraldo.

Após anos exigindo condições dignas de moradia e vagas para todos, ocupamos a administração da moradia para chamar a atenção da reitoria e da opinião pública quanto ao problema que impede o direito ao acesso a educação. E por duas vezes o reitor chamou a tropa de choque para dentro da Moradia, ou seja, dentro de nossas casas para impedir que os estudantes se manifestassem. Em seguida abriu processo disciplinar contra 5 estudantes como forma de punição exemplar. No dia 2 de fevereiro de 2012 saiu no diário oficial o resultado do processo disciplinar: a suspensão por 6 meses destes estudantes.

Sabemos que a política de Fernando Costa, assim como de Rodas, reitor da USP, segue a risca os mandos do governo do Estado de SP de Geraldo Alckimin: a privatização e elitização da USP e Unicamp. Para atingir este fim se utilizam de todos os métodos  repressivos contra os que combatem o seus projetos, reafirmando o perfil antidemocrático da universidade.

Os tucanos estão na ofensiva contra os movimentos sociais em todo Estado como ocorre na política de “limpeza social” e guerra aos pobres na favela do Moinho, na “Cracolândia” e na desocupação das famílias do Pinheirinho em São José dos Campos.

Estes governos tem como “diálogo” o coturno e o cassetete. São dezenas de casos só nas estaduais paulistas: a prisão de 73 estudantes que ocupavam a Reitoria da USP, o não diálogo e a criminalização da greve dos trabalhadores da Unicamp, o ataque a sede do Sintusp, a expulsão de 6 estudantes da USP que ocuparam o CRUSP, entre diversos outros casos.

Temos nosso método de auto organização para combater estes ataques, os estudantes e os trabalhadores não cederão a repressão! Seguiremos lutando por uma universidade pública de qualidade com uma política de permanência estudantil que contemple os filhos dos trabalhadores. Não vamos nos intimidar.

Pela ampliação da moradia da Unicamp para garantir acesso a todos!

Não ao CR como critério de acesso a bolsa trabalho do SAE!

Por uma política de permanência estudantil que contemple os filhos dos trabalhadores!

Fora Viotto e Fernando Costa!

Alckimin reprime para seguir privatizando!

Precisamos de segurança e moradia e não polícia e repressão!

Por uma Universidade a serviço dos trabalhadores!

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